terça-feira, setembro 04, 2007

Rio: preso um dos suspeitos de atentado a delegado


Um suspeito de participar do atentado contra o delegado adjunto da Divisão Anti-Seqüestro, Alexandre Neto, está preso desde o final da noite desta segunda-feira. Ele foi identificado como o sargento da PM, Márcio de Souza Barbosa. O policial teria sido investigado pelo delegado por envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.
Neto teria sido preso no ano passado sob acusação de estacionar o carro em local proibido e não aceitar ser chamado a atenção por PMs. O delegado foi detido por desacato e depois fez um levantamento da vida dos policiais, descobrindo a ligação deles com o jogo.
Detetives da Delegacia de Homicídios podem prender mais suspeitos nos próximos dias. Ontem, policiais estiveram no Batalhão de Copacabana, na zona sul do Rio, para verificar se as câmeras de segurança do bairro registraram o carro dos suspeitos. Agentes da Divisão Anti-Sequestro e das duas delegacias de Copacabana apóiam as investigações.
A Polícia Federal também pode entrar no caso, porque o delegado era colaborador nas investigações da PF sobre agentes envolvidos com a máfia dos caça-niqueis. Neto prestou depoimento há 10 dias, quando acusou colegas da Polícia Civil. O delegado seria o responsável pela elaboração de um dossiê denunciando vários delegados e o ex-chefe da Polícia Civil, deputado estadual Álvaro Lins (PMDB).
Delegado pode perder mãoO delegado Alexandre Neto permanece no hospital Quinta D'or, em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele corre o risco de perder parte da mão direita que teve os dedos dilacerados por um dos tiros.
Segundo a assessoria do hospital, o delegado teria sido atingido por nove disparos, a maioria de raspão no tórax. Apenas o tiro na mão direita provocou a lesão mais grave.
Neto sofreu um atentado, no domingo, em frente ao prédio onde mora no bairro de Copacabana.
Neto foi citado em um telefonema da deputada federal e inspetora licenciada da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marina Maggessi (PPS-RJ), em 31 de outubro de 2006, quando ela teria sugerido a morte do delegado.

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